Eu acredito em mágica

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Eu mal tinha acabado de postar o texto anterior a este e logo minha inspiração surgiu e pediu para que eu colocasse o tamanho da minha alegria no “papel”. Mas também… acabo de vir de um lugar tão maravilhoso! Qualquer um que passasse por onde acabei de passar, e com essa luz deliciosa de fim de tarde se sentiria explodindo de inspiração.

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Enquanto andava por esse cenário delicioso, senti a brisa fresca no meu corpo, deixei o vento me descabelar inteira e do fundo do coração pensei: estou num castelo, e tenho certeza de que sempre ter acreditado em mágica tem muito a ver com isso.  Talvez por isso meus sentidos tenham ficado à flor da pele ali. Podem me chamar de maluca… mas eu sempre tive problemas em aceitar algum tipo de religião. Não que eu não acredite em nada, muito pelo contrário. Acredito tanto no poder da vida que preferi e achei que combinava mais comigo chamar de mágica! Mágica sim porque as sincronicidades que me acontecem e os presentes que eu ganho da vida só podem vir de algum tipo de energia boa.

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Cada vez que eu supero uma crise, ou olho para trás e percebo de verdade tudo que eu já vivi, tenho muito orgulho de ter desenhado uma vida tão cheia de oportunidades e sou sempre grata por estar viva. Eu adoro rir até a barriga doer, adoro pisar em folhas secas, adoro sentir um ventinho de verão quando meu corpo está quente e tenho feito muito de tudo isso aqui. Aliás, não ria do jeito que tenho dado risada há tempos… É uma alegria que está me consumindo!

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O que eu quero dizer é que, enquanto eu estava em um castelo aqui em Portugal, eu percebi que talvez eu devesse confiar mais no que a vida prepara para mim. O final do ano passado foi um ano muito complicado e o começo desse tão conturbado quanto. Mas se eu não tivesse percorrido todos esses caminhos, não teria tido a chance de colecionar todas as memórias boas do que eu estou vivendo.

Estou há 6 dias em Portugal e ganhei um ar tão novo para respirar que nem sei como agradecer.

Obrigada, vida! ❤

 

Doce Crise em Lisboa

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A notícia surpresa chegou: minhas crises estarão em Lisboa durante esse mês!

Como vocês sabem, comecei o blog depois de sair do meu emprego e depois de ter ficado sem férias por quatro anos. Tirei um mês para mim, fui para Nova York, Richmond e Washington e, agora, como a vida é boa, ela me trouxe para Lisboa a trabalho!

Mas como nem tudo é um mar de rosas e este é um blog sobre crises, vamos a elas! Tudo começou com um chororô danado de pré-saudade do meu namorado e da minha família e um lindo atraso de cinco horas do voo. Eu disse CINCO. E isso nunca tinha me acontecido antes. Pela primeira vez na vida, eu precisei transportar medicamentos em um avião e os danados precisavam ser conservados em geladeira. O que aconteceu? Mesmo com o frio de São Paulo, mesmo com uma porção de gelos dentro do isopor, mesmo comigo falando sobre eles o tempo todo, mesmo conseguindo um espacinho na geladeira do avião… Quando finalmente fui abrir a embalagem: metade da quantidade estava estragada e foi para o lixo.

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Mas, chegando a Lisboa, nosso hotel (meu e da menina que veio comigo (calma que eu já explico tudo)), era lindo e confortável. Todo preto (não tô brincando, gente, até o banheiro era preto), mas lindo e confortável. O problema é que eu não sou muito boa de sono em aviões e fuso-horários. Dormi super cedo, acordei no meio da noite, não durmi mais e fui para o meu primeiro dia de trabalho na editora um CACO. Estilo zumbi.

Mas então, o que é que eu vim fazer aqui? Para quem não sabe: eu faço livros. Sou editora e desde 2009 trabalho no mercado editorial do Brasil. Vim para cá para fazer um treinamento em uma editora portuguesa que abrirá a filial no Brasil ainda este ano. Eu e a Vitoria, que é dona do blog A Vi Viu, estamos aqui em Lisboa aprendendo a viver esta nova vida por um mês enquanto trabalhamos com o que é uma paixão para nós duas: livros.

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Para ser sincera, o que nos tem deixado mais apaixonadas nesses dias é nosso apartamento e as vistas lindas que temos ao redor… A paisagem que vemos do nosso banheiro é um privilégio e transmite uma calmaria tão grande que qualquer crise vai embora.

(Podem ficar babando com a nossa “morada”. Não é liiiinda? A última foto é a da vista do banheiro.)

E é assim que eu sempre tento levar meus dias. Vivo de fúrias e doçuras e acho que essa é a melhor forma de viver a vida, aproveitando todos os momentos, mesmos os ruins, para poder perceber com toda a sensibilidade a beleza das coisas boas.