O tempo

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Há dias em que sinto que o tempo passa mais devagar. Não é por falta de compromissos, nem por excesso deles, parece apenas que o relógio resolveu respirar mais fundo antes de seguir com o próximo passo do ponteiro.

Nesses dias, às vezes sinto que eu não estou no meu corpo, mas sim do meu próprio lado só acompanhando a vida como se fosse um personagem secundário que gosta de analisar os fatos e apreciar a vista. Sigo então um pouco desligada e, assim como o ponteiro,  sinto como se eu mesma também precisasse respirar fundo antes de dar o próximo passo.

Em dias assim poucas coisas me tiram do sério, e olha que eu sou uma pessoa facilmente irritável. Em dias assim, poucas coisas me comovem ou me emocionam. Deve ser algum tipo de anestesia temporária que aplico em mim mesma sem me dar conta. Talvez seja parte do processo de cura, ou parte do processo de buscar novas vontades e desejos.

Tento me convencer de que esses dias são, na verdade, parte de um período de transição e que preciso me redescobrir. A vida como estava já não pode ser a mesma e eu preciso encontrar novas paixões para seguir em frente com a alegria e energia que costumam estar comigo, mas que optaram por tirar folga hoje.

Talvez, esse processo de retornar para o próprio corpo seja exatamente o que retarda o tempo.

A culpa do tempo

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Photo by ₢ Thaís Marin

Eu vim culpar o tempo. Vim culpá-lo porque ele é todo traiçoeiro. Quando a gente quer que ele voe, ele segura bem forte cada ponteiro dos relógios, e quando a gente precisa que ele vá com bastante calma, é justamente quando ele decide correr uma maratona. E quem consegue escapar dele?

Eu, particularmente, estou correndo contra ele. Correndo porque vem uma surpresa muito boa por aí e eu ainda tenho tanta coisa para planejar! Antes de dormir eu faço mil planos para o dia seguinte, e quando tenho quase certeza que vou conseguir vencer o tempo, ganho de presente da vida alguns empecilhos. Sabe aquelas pequenas crises bobas? A internet que não funciona, o caixa eletrônico que está quebrado…

Por isso eu vim culpar o tempo, porque eu sei que eu e ele somos culpados de ficar um mês sem atualizar o blog. Ele porque me consumiu, e eu porque deixei que ele fizesse isso. Mas não tem problema porque minhas crises continuam aqui. E a surpresa que chega em agosto está recheada de crises! Mas por enquanto é segredo e eu não posso contar!

Aguardem! 🙂