Quarentena

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É estranho como, subitamente, os problemas pessoais ficaram pequenos diante de um problema que atinge o mundo. O que é meu sobrepeso perto das aflições de fechamentos de fronteira? O que são as decepções amorosas perto de quem não consegue voltar para casa?

Essa falta de data para se saber o desfecho das coisas, essa quebra de rotina que, por força maior, nos faz cancelar compromissos, rotinas e ficar em casa, tem me feito questionar toda a correria dos dias. Por que tanta pressa?

Da noite para o dia, de repente, fomos todos obrigados a cuidar. Cuidar de nós mesmos e dos outros. Seja ficando em quarentena, seja lavando as mãos, seja repensando a alimentação e suplementação para intensificar a imunidade, seja aproveitando todas as artes com mais tempo.

Eu me recuso a deixar que os pensamentos fiquem presos só na parte negativa desse cenário que mais parece um episódio de uma série apocalíptica. Sabe aquele ditado: “depois da tempestade, sempre vem o Sol”? É triste que tenhamos que passar por uma epidemia para compreender que somos frágeis, sensíveis e humanos, mas é a primeira vez que vejo tantos chefes de estado repensando as ações para um bem comum. Quem ainda não repensou os próprios hábitos, não percebeu o chamado do universo para darmos uma pausa.

Se cuidem e aproveitem o tempo ocioso para apreciar a arte: ela aproxima as pessoas e povos. Usem a imaginação para sair de casa sem sair do lugar. Os livros, os filmes, e as músicas serão grandes companheiros agora.

 

Um suspiro

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Será que podemos aceitar que há dias em que não temos forças? Será que podemos assumir, enquanto sociedade, que vez ou outra todos temos taquicardia, falta de ar e uma palpitação no peito? Será que podemos parar de querer mostrar nas redes sociais só as alegrias? Será que podemos abraçar as nossas próprias dores e normalizar para o mundo os momentos ou dias ruins?

Eu não quero mais sentir essa constante necessidade de expulsar a tristeza e a melancolia que às vezes me visitam. Ficar pensando em novos meios de tirar elas de mim tem sido bastante exaustivo. Eu não quero precisar sentir vergonha para pedir ajuda e eu não quero mais dar conta de mim mesma sozinha. Eu quero me sentir acolhida. Salva.

Faz algum tempo que eu me sinto completamente perdida, como se eu não me conhecesse mais, como se eu não soubesse mais do que eu gosto, como se eu não soubesse mais o que me acalma, como se eu não soubesse mais o que me emociona.

Eu tenho me sentido excepcionalmente cansada, excepcionalmente desconhecida para mim mesma, excepcionalmente sem metas. Logo eu, que sempre fui o exato oposto disso tudo. Eu não sei mais se gosto da minha escrita e da forma que ela tem tomado, mas deixo vir porque me alivia. Eu não sei mais se gosto da minha voz e do que eu gosto de cantar. Do meu corpo eu continuo não gostando e eu, às vezes, não sinto mais vontade nenhuma de tentar mudar esse cenário.

Todo mundo ao meu redor anda triste. Todo mundo ao meu redor anda cansado. Todo mundo ao meu redor anda perdido, ansioso, angustiado. O mundo não é meu, mas às vezes eu queria que fosse para mudar o foco dessa tempestade negativa que já está aqui há mais tempo do que deveria.

Quando é que eu vou suspirar de alívio de novo?

Não preciso de ninguém

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Eu costumava gostar de ficar sozinha para me entender e entrar em contato comigo mesma. Sentir tudo com intensidade. Eu costumava me gabar de ser independente também. Um orgulho de peito cheio: eu não preciso de ninguém. Não gosto de contar com os outros. Tenho um receio enorme de que me joguem verdades de volta como se eu estivesse em dívida com alguém.

Cada tijolo desse muro enorme que eu levantei nos últimos quinze anos, tem desmoronado aos poucos e ao invés de me desesperar com a bagunça, estou assistindo de mãos dadas com a minha família; com as minhas amigas. Eu não quero reconstruir essa barreira, mas agora preciso aprender a confiar e talvez essa seja uma das lições mais confusas que já tive que aprender.

Por que a gente tem tanto medo de se entregar? De mergulhar na verdade dos outros de vez em quando? Uma das coisas mais preciosas dessa vida são as relações interpessoais e eu gosto tanto de admirar as pessoas que me cercam, de descobrir que mesmo com todas as diferenças nós temos sempre algo em comum!

Esse exercício de escolher e aceitar quem vai estar ao meu lado talvez seja o mais complicado de todos, principalmente quando a gente já se machucou no passado e quer se precaver de novos sofrimentos. Mas aí paro para pensar que a vida é, justamente, feita de fases e que algumas temporadas serão de dor enquanto outras serão de alegrias que transbordam o peito. É preciso alguma presença de espírito e muitos exercícios de respiração para não enlouquecer, mas principalmente para continuar encontrando beleza em estar vivo.

Dessa vez, eu estou escolhendo compartilhar os dias. Não vou mais apreciar a vista sozinha.

A culpa

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Foto: Thaís Marin

Hoje de manhã recebi uma mensagem de uma amiga que estava se sentindo culpada por ter terminado o namoro e estar bem enquanto o ex ainda está sofrendo. Ela não é a primeira mulher que ouço dizer isso e, provavelmente, não será a última. Eu mesma também já estive nesse lugar e, recentemente, me peguei mais preocupada com os sentimentos alheios do que com os meus próprios, mesmo em se tratando de uma pessoa que me magoou profundamente.
Por que nos sentimos assim? Eu tenho a sensação de que nós mulheres nos sentimos culpadas o tempo todo. É como se a responsabilidade do bem-estar do mundo fosse única e exclusivamente nossa. A culpa está presente quando eu resolvo comer uma salada, quando o que eu queria mesmo era um hambúrguer, mas a culpa também está presente se eu resolvo escolher o hambúrguer e não a salada. A culpa está presente se eu trabalhei até tarde e não tive energia para cozinhar à noite, e a culpa está presente se eu resolvi sair mais cedo do trabalho porque precisava limpar a casa. A culpa hoje está presente por não ter conseguido chegar no trabalho por causa da chuva.
A culpa está presente nas minhas amigas em todos os relatos. Elas se sentem fora do peso constantemente: gordas ou magras demais. A culpa está presente para além da imagem do corpo também, nós sentimos constantemente uma necessidade de equilibrar ambientes hostis, de cuidar dos outros e de tentar agradar. Mulher tem que ser bonita, tem que ser inteligente, mas não pode falar demais, não pode ser inteligente demais, não pode ser quieta demais, não pode gritar, não pode reclamar, não pode ser mais bem-sucedida que o parceiro, precisa saber cozinhar, precisa querer ter filhos, mas não pode ser “só dona de casa”.
Entre outras mil coisas, a gente é ensinada desde pequena que precisa dar conta de absolutamente tudo e que isso faz de nós grandes guerreiras. Romantizam a exaustão. Para além de tudo isso, nós estamos sempre mais dispostas a falar sobre sentimentos, a refletir sobre nossas próprias dores e amores, a olhar para dentro, a nos questionar e a tentar compreender o outro. Porque a gente sempre se coloca no lugar do outro.
Eu tenho a impressão de que essa habilidade de ser a gente e também o outro (quase que ao mesmo tempo) é justamente o que traz a sensação de ter o mundo nos ombros. E esse peso constante dói. Cansa. Nós precisamos aprender que ser apenas nós mesmas já é trabalho demais. Não que o exercício de empatia precise ser deixado de lado, mas sinto que deveríamos transformar todo esse cuidado com o outro em compaixão por nós mesmas. Em amor-próprio. Em auto-cuidado.
A maioria das mulheres ao meu redor são sempre admiráveis e me esforço para dizer isso para elas sempre que posso, porque eu sei que com a correria do dia-a-dia a gente tende a esquecer as próprias qualidades, mas hoje eu só queria dizer que é perfeitamente normal não dar conta. Que é perfeitamente normal precisar de ajuda, e que o bem-estar do mundo e os sentimentos dos homens não são nossa responsabilidade.

O tempo

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Há dias em que sinto que o tempo passa mais devagar. Não é por falta de compromissos, nem por excesso deles, parece apenas que o relógio resolveu respirar mais fundo antes de seguir com o próximo passo do ponteiro.

Nesses dias, às vezes sinto que eu não estou no meu corpo, mas sim do meu próprio lado só acompanhando a vida como se fosse um personagem secundário que gosta de analisar os fatos e apreciar a vista. Sigo então um pouco desligada e, assim como o ponteiro,  sinto como se eu mesma também precisasse respirar fundo antes de dar o próximo passo.

Em dias assim poucas coisas me tiram do sério, e olha que eu sou uma pessoa facilmente irritável. Em dias assim, poucas coisas me comovem ou me emocionam. Deve ser algum tipo de anestesia temporária que aplico em mim mesma sem me dar conta. Talvez seja parte do processo de cura, ou parte do processo de buscar novas vontades e desejos.

Tento me convencer de que esses dias são, na verdade, parte de um período de transição e que preciso me redescobrir. A vida como estava já não pode ser a mesma e eu preciso encontrar novas paixões para seguir em frente com a alegria e energia que costumam estar comigo, mas que optaram por tirar folga hoje.

Talvez, esse processo de retornar para o próprio corpo seja exatamente o que retarda o tempo.

Mudança de perspectiva

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Às vezes, tudo o que a gente precisa é de uma mudança de perspectiva. Há dias ruins em que sinto como se eu estivesse o tempo inteiro com um filtro de negatividade me cercando e, por mais que me esforce, vejo tudo sem saturação. Opaco. Sem vida.

Por sorte, há sempre outros dias para que eu possa me apegar em algum detalhe que me traga de volta para a vida mais colorida. Há dois anos, quando resolvi comprar meu apartamento, eu imaginava muitas coisas sobre a minha casa dos sonhos. E claro que nem tudo o que eu sonhava em ter naquele momento era o que eu, de fato, tinha condições para pagar, mas como morava com os meus pais e não tinha muita pressa em sair de casa, resolvi que só compraria o apartamento quando eu sentisse aquele friozinho de certeza na barriga.

Tudo aconteceu tão mais rápido do que eu imaginava! Foi de verdade amor à primeira vista: a cozinha aberta, as varandas, a proximidade do metrô, a proximidade da casa dos meus pais, o preço (claro!) e o verde! Como eu amo ter essa vista quando acordo de manhã! Tenho sempre a sensação de que estou de férias em algum lugar mesmo que por alguns breves minutos até lembrar de todas as atividades que eu sempre tenho programadas para o dia.

A vida não tem sido muito fácil nos últimos meses e eu tenho precisado me reinventar quase todos os dias. Remodelar atitudes, repensar ações, rever finanças e reprogramar sonhos. Viver sozinha é ter sempre muitas preocupações, mas às vezes gosto de olhar para toda a minha trajetória e me sinto orgulhosa por ter conquistado praticamente todos os meus sonhos até aqui.

Eu sempre senti demais e percebi demais. Meus sentimentos são quase sempre intensos, mas acho que isso faz parte de tudo o que eu preciso ser para ser tudo o que eu quero ser.

Nova fase

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Eu não lembro quando foi, mas um dia eu acordei e vi a vida de outro jeito. Eu me apaixonei por ela, me apaixonei pelas oportunidades que cada dia pode trazer, aprendi a aceitar cada emoção que meu corpo me pedia para viver e percebi que esse relacionamento eu-vida vida-eu é um dos poucos que vai durar até o fim dos meus dias. É por isso que eu sempre converso comigo mesma e sempre tento resolver minhas crises.

Hoje, enquanto eu estava dirigindo nesse frio e nessa chuvinha chata de São Paulo, Epitáfio dos Titãs começou a tocar na rádio, numa versão acústica deliciosa (e eu adoro acústicos!). A música é antiga, mas sempre que eu ouço eu percebo que não quero sair do mundo sem sentir toda a magia que ele tem.

“Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer”

Quero uma vida dessas que eu leio nos livros, que eu vejo nos filmes. Quero dar o melhor de mim em tudo o que eu puder porque foi assim que as minhas heroínas fizeram as histórias delas. Eu quero uma, ou duas, ou até três páginas cheias de detalhes de cada dia que eu vivi. Acho que essa é uma das razões pelas quais eu sempre amei ler e escrever.

A partir de sábado, uma nova fase vai começar para mim. Uma fase daquelas que mudam tudo, mudam o jeito de ver o mundo e a forma como a gente lida com as coisas. Sabe quando o que a gente está para viver é uma coisa tão boa que dá medo de falar em voz alta? Parece que, se eu disser, a realidade virá correndo com um balde de água fria. Só que eu não vou deixar! 🙂

Por enquanto, eu digo para vocês que envolve livros e um destino novo e logo, logo vocês vão saber!

Perdida em Nova York!

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Oi, gente!

Esse post está sendo escrito diretamente do Aeroporto de Newark enquanto espero meu voo para Richmond, VA. (Chique, hein?)

Com o coração apertado, hoje é meu último dia em Nova York, uma cidade que eu sempre quis conhecer e que foi maravilhosa pra mim! Sei que esse é também o sonho de muita gente, e resolvi dar algumas dicas de como montar um bom roteiro de viagem.

Também resolvi aproveitar para falar uma coisa muito importante: você VAI se perder em Nova York. Aceite isso no seu coração e será muito mais fácil lidar com a crise de estar perdida em uma cidade nova e também um bom jeito de lidar melhor com a ansiedade e o frio na barriga.

Assim que comprei as passagens e tive mais noção dos meus horários de chegada e partida, comecei a montar meu roteiro. A primeira coisa que fiz foi listar todas as coisas que eu já sabia que queria conhecer, depois pedi dicas para quem já tinha ido e em seguida pesquisei sobre tudo isso na internet. Abri um arquivo no Word e fui separando os lugares “por dia”. Por exemplo: Segunda: Times Square, Disney Store, MAC, blá, blá, blá. Lembre-se de ter um mapa ou de ficar com a janela do Google Maps aberta para pesquisar a proximidade das coisas. Isso vai tomar um tempinho e parece bastante chato, mas eu juro que vai ajudar MUITO quando você chegar lá. Aproveite para comprar um City Pass antes de ir, é um livretinho com ingresso para todas as grandes atrações da cidade.

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Agora, antes de postar meu roteiro, vamos falar do medo, da insegurança, do frio na barriga e de tudo aquilo que acontece quando você finalmente chega na cidade! Eu sou de São Paulo, uma cidade de 12 milhões de habitantes. Pego metrô e ônibus todo dia e já estou meio acostumada com essa “hostilidade” que existe nas cidades grandes. Mesmo assim, eu confesso que assim que saí do aeroporto e percebi que estava sozinha e muito longe de casa me senti bastante insegura e fiquei com medo do que estava por vir.

O negócio é mesmo respirar fundo e enfrentar o medo para aproveitar a viagem da melhor forma possível! Como eu já disse em outros posts, a vantagem de viajar sozinha é que a flexibilidade e o controle do roteiro é totalmente sua. Então se não estiver se sentindo preparada para alguma coisa, deixe para depois! Não sofra. Viajar limpa a alma e não precisa ser estressante.

Uma coisa importante sobre Nova York, especialmente se você está indo sozinha e pela primeira vez: aprenda a ler mapas ou não tenha vergonha de parar as pessoas para perguntar. Force o sotaque! Faça cara de turista!  A cidade é CHEIA deles e as pessoas estão acostumadas a dar indicações.

No dia em que me perdi no West Village tentando achar o prédio do Friends, uma mulher (fofa, fofa, fofa!) saiu da loja dela, pegou o iPhone, abriu o Google Maps e me ajudou a encontrar o melhor caminho para chegar lá! Eu quase não acreditei. Mas no dia em que conheci os irlandeses na ponte do Brooklyn eles me disseram que algum tinha feito o mesmo por eles. Desconfie, mas não deixe de acreditar que ainda existe gente boa nesse mundo!

Prédio do Friends

Prédio do Friends

O melhor meio de se locomover em Nova York é com certeza o metrô, mas ATENÇÃO ele é bastante confuso. Eu usei todos os dias e, mesmo assim, ontem me perdi. Os dois blogs que melhor me “explicaram” como o metrô funciona foram esses aqui:

* Viaje na Viagem http://www.viajenaviagem.com/2009/09/para-entender-o-metro-de-nova-york

* Desfazendo as malas http://desfazendoasmalas.com/2013/05/23/metro-de-nova-york

Mas recomendo que você pegue um mapa do metrô no hotel, rabisque o quanto precisar e pergunte, pergunte e pergunte de novo sempre que estiver insegura, e para lugares mais complexos: pegue um taxi! Só esteja preparado para um trânsito bastante complica a la Avenida Paulista em dia de manifestação.

Ai, droga! O post ficou enorme! Então para encurtar de uma vez, aqui vai o roteiro (com comentários) que fiz para mim:

Dia 1

  • Descobrir onde fica o metrô mais próximo, pegar um mapa e comprar o bilhete ((ah! Quase esqueci, se você pretende usar bastante o metrô compre o que vale para uma semana, é bem mais prático do que ficar recarregando))
  • Times Square (46th St Between 6th Ave and 7th Ave)
  • Forever 21 (1540 Broadway, New York, NY 10036, United States +1 212-302-0594)
  • Disney Store (1540 Broadway, New York, NY 10036)
  • Toys r us (1514 Broadway New York, NY, Estados Unidos)
  • MAC (1540 Broadway, New York, NY 10036, United States, +1 646-355-0296)

Dia 2

  • Café da manhã na Starbucks mais próxima (241 Canal St, New York, NY 10013)
  • Madame Tussauds (234 W 42nd St, New York, NY 10036, Estados Unidos)
  • High Line (Rua 30 com 10ª Avenida (desça na Penn Station e ir caminhando até o final para ficar mais perto do West Village)
  • West Village

o   Milk & Cookies Baker – 19 Commerce St, entre Bedford St e Bleecker St

o   Prédio Friends (Corner of Bedford and Grove, Manhattan, New York City, New York, USA)

  • Atravessar a ponte do Brooklyn

Dia 3

  • Comprei um City Tour de 4 horas pela Gray Line (Gray Line Visitor Center: 777 8th Avenue – Between 47th and 48th street)
  • American Museum of Natural History including Space Show (Central Park W and 79th St, New York, NY 10024)
  • Central Park
  • AppleStore

Dia 4

  • Estátua da Liberdade e Ellis Island
  • Ground Zero
  • MET (The Metropolitan Museum of Art): 1000 5th Ave, New York, NY 10028
  • Magnolia Bakery próxima do Rockefeller Center para comer o famoso Red Velvet
  • Loja da NBC que fica praticamente no mesmo prédio do Rockefeller center
  • Rockefeller Center + Top of the Rock

Dia 5

  • Empire State (350 5th Ave, New York, NY 10118)
  • Dia livre para: shopping!
  • Almoço no Little Italy Pizza
  • Wicked: 19:00 – Gershw Theatre (222 West 51st Street, New York, NY 10019, located between Broadway and 8th Avenue) – chegar uma hora antes para retirar o ingresso)

 Dia 6

  • BEA – Book Expo America (porque eu trabalho com livros e sempre quis conhecer. Aproveitei para assistir umas palestras por lá, mas a feira acontece uma vez por ano e apenas para profissionais da área).
  • Dia livre para: shopping again!
  • Almoço no P.J. Clarke’s
  • Bloomingdale’s Soho: 504 Broadway, Nova Iorque, NY 10012, Estados Unidos
  • Aladdin: 20:00 – Venue: New Amsyerdam Theatre ( 214 West 42nd Street, New York, NY) – chegar uma hora antes para retirar o ingresso)

Dia 7

  • Check out do hotel e ida para Richmond

Crises até Nova York

Quando eu tive a ideia de começar esse blog, foi justamente porque eu sou uma pessoa de crises e porque eu sabia que elas continuariam a existir na minha vida. Então hoje, eu vim aqui contar pra vocês como foi a minha chegada até Nova York e também como foram meus primeiros dias, e vou contar da forma mais sincera possível.

Primeiro, antes de sair de casa para o aeroporto, São Pedro resolveu que seria dia de chuva em SP. E isso me deixou de cabelo em pé preocupada com o trânsito que eu ia pegar para chegar lá. Fiz todo mundo (pai, mãe, irmã e namorado) correr para sair o mais rápido possível.

Chegamos cedo. E ao fazer o check-in o atendente me informou que era melhor eu não demorar para embarcar porque a Polícia Federal estava em greve e a fila para passar estava grande. Depois do chororô de despedida (e como eu chorei!), entrei na imensa fila. E adivinhem só, quando chegou a minha vez descobri que estava na fila errada! Ê, que alegria! Sinalização super benfeita, tá? Voltei pro final da fila, dessa vez a certa, e passei bem rápido pelo Duty Free, sem comprar nada.

No avião, percebi que meu sono tinha resolvido ficar em São Paulo e passei horas vendo filmes na melhor intenção de trazê-lo de volta. Só consegui um cochilo; o misto de ansiedade e medo venceram. Medo sim, porque apesar de estar muito feliz por vir sozinha, o frio na barriga sempre fica ali do lado cochichando todas as coisas que podem dar errado.

Quando cheguei em Washington para fazer a conexão para NY dei de cara com outra fila imensa na imigração. E aí eu pirei mesmo, pirei com vários outros brasileiros porque a fila não andava e o meu voo (e o de várias outras pessoas) sairia em quarenta minutos.

Respirei fundo e com o maior sorriso de “nem tô preocupada” perguntei para a mocinha que estava organizando as filas se daria tempo de pegar a conexão. Ao que ela respondeu sem sorriso nenhum: “se você perder seu voo daremos um jeito e te colocaremos em outro”. MOÇA, é o quê? Meu estômago embrulhou, minha respiração acelerou e tudo o que eu podia fazer era cruzar os dedos para a fila andar.

Ela andou. E eu descobri o por que eu faço esteira toda noite na academia. Corri (corri mesmo, gente) vinte minutos até chegar no terminal que precisava (carregando minha mochila mega pesada). Foi então que finalmente o meu sono deu as caras e eu dormi mais quarenta minutinhos no avião até aqui.

E cheguei! E Nova York é linda e ao mesmo tempo assustadora. Eu não queria perder tempo no primeiro dia, então cheguei no hotel, joguei as malas, peguei o que precisava e sem pensar muito fui até o metrô mais próximo para chegar na Times Square.

Vou ser honesta e dizer que a minha primeira reação, foi um medo tão grande que eu quase quis ficar trancada no quarto. Mas percebi que eu precisava enfrentar aquilo e sem pensar muito, porque se ficasse pensando nos “e se…” eu não ia sair do lugar.

Eu quis e planejei essa viagem por tanto tempo! Não seria justo comigo mesma deixar o medo me vencer e depois ir embora arrependida, não é?

Ganhei uma bela gripe por não ter comido e dormido direito, mas de lá até hoje já consegui ir na Times Square, High Line Park, Madame Tussauds (o museu de cera), Museu de História Natural, Central Park e a ponte do Brooklyn. Sendo que essa última vai ganhar um post especial essa semana porque, como eu disse antes, sou uma pessoa de crises (bem azarada às vezes) e o que a gente faz quando está NO MEIO da ponte, sem guarda-chuva, e cai a maior tempestade?

Vocês vão saber quarta-feira.

Enquanto isso, deixo vocês com algumas fotos que tirei até agora.

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Times Square

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Vista do High Line Park

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Virei Spice Girl no Madame Tussauds

Espero que tenham gostado do post!

Logo, logo mando mais novidades.

Beijos

Arrumando a mala sem crise!

Oi, gente! Hoje falta exatamente um dia para a minha viagem para Nova York, eu estou MUITO ansiosa e desde ontem eu já estou me preparando para arrumar a mala. Sabe como é, né? Nem dormir consigo mais!

Conheço muita gente que detesta essa parte de viajar, mas eu confesso que não é a pior parte pra mim. Acho que desfazer a mala e colocar tudo de volta no lugar é muito mais sem graça e entediante. Não acham?

Antes de começar qualquer coisa, é importante definir qual mala levar. Comece fazendo perguntas simples para si mesma: quantos dias vai passar no lugar? Qual é o clima de lá no momento? Pretende fazer muitas compras e precisa de espaço livre para a volta? Qual será seu meio de transporte? Imaginar com antecedência em quais tipos de situações você estará ajuda muito na hora de escolher o tipo da mala (de carrinho, de mão, mochila…).

Agora, calma. Começar a tirar toda e qualquer coisa do armário não vai adiantar em nada e isso pode te deixar apenas mais nervosa com a situação.  O que mais me ajuda nessas horas de crise é fazer uma lista de tudo que eu não posso esquecer.

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Com o tempo, aprendi que se eu dividisse essa lista em “seções” e depois fosse apenas preenchendo com a quantidade e o tipo da roupa que eu pretendia levar isso facilitava ainda mais as coisas.

Vamos começar com a parte importante: roupas. Você pode subdividir essa seção da forma como preferir, até porque isso varia um pouco dependendo do lugar para onde está viajando. Aqui embaixo tem um exemplo de como fiz a minha:

Roupas:

Dia a dia
– 7* camisetas/blusinhas
– 1 legging básica
– 1 legging de exercício
– 3 calças jeans
– 3 vestidos
– 2 casacos
– 2 shorts

* A quantidade varia de acordo com o período que você vai ficar fora, pense nisso e não exagere! Além disso, se estiver pretendendo comprar novas roupas (como é o meu caso) você não precisa encher a mala para ir.

Noite
– 2 vestidos de noite

Íntima e pijama

– Calcinhas
– Sutiãs
– 1 camisola
– 1 pijama
– 4 meias
– 2 meias-calças

Enquanto estou separando as roupas no armário, já gosto de ir pensando na combinação e também em peças coringas que podem ser usadas de várias maneiras. Assim não fico refém de um único look, até porque nosso humor sempre muda e você pode mudar de ideia sobre uma roupa alguns dias depois.

Em seguida, gosto de passar para a organização dos sapatos. Tento não pensar em muitas opções de cor e sim em opções versáteis que também posso combinar com mais de uma roupa.

Sapatos*:

– 1 Tênis
– 1 Chinelo
– 2 Sapatilhas
– 1 sapato de salto
– 1 Bota

* Lembre-se, isso é apenas uma ideia. Se você estiver indo para a praia troque a bota e as sapatilhas por alguma sandália, rasteirinha ou o que preferir!

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Agora vem a parte que eu mais gosto de arrumar na mala! Produtos de higiene pessoal e minha tão amada maquiagem ( ❤ ).

Minha pele é mista e geralmente me dá um pouco de trabalho, principalmente em dias mais frios e secos já que a zona T fica um pouco mais oleosa e as bochechas ressecadas. Sendo assim não posso ficar sem meu hidrante. Além disso, não fico sem protetor solar durante o dia e portanto essa listinha é essencial (e a mais divertida!) para mim:

Higiene:

– Escova e pasta de dente
– Fio dental
– Desodorante
– Shampoo e condicionador
– Absorvente
– Lencinho demaquilante (acho mais prático de carregar do que os produtos que geralmente uso em casa)
– Sabonete
– Protetor solar
– Hidratante para o rosto

* Não se esqueça de acrescentar produtos específicos se estiver usando algum recomendado pela sua dermatologista.

Normalmente eu levaria muita maquiagem para essa viagem, mas por se tratar de Nova York e por eu estar planejando comprar novas coisas por lá separei o básico para o dia e a noite:

Maquiagem:

– Base
– Blush
– Corretivo
– Escovinha/fixador para sobrancelha
– Batom básico
– Batom para noite
– Pincéis
– Sombras básicas ou paleta de sombras com bastante opção de cor
– Rímel

* Tentei pensar em maquiagens que eu realmente uso e sei que vou usar todos os dias. Não sou fanática por lápis e posso abrir mão do meu delineador por alguns dias para poder comprar novas coisas por lá, mas faça essa lista pensando em você, no seu estilo e no que você pretende e sabe que vai usar. Assim a mala não fica tão pesada, mas você também não se sente “desamparada”!

Acessórios:

– Prendedores de cabelo (vários, porque eles têm vida própria e desaparecem!)
– Grampos ou presilhas
– Escova de cabelo
– Duas ou três opções de brinco
– Duas ou três opções de colar
– Cintos
– Lenços ou cachecóis

* Acrescente anéis, pulseiras e outras coisas que costuma usar, ou tire coisas da lista que com certeza você não irá precisar.

Úteis:

– Adaptador de tomada (se estiver saindo do país)
– Remédios
– Caderninho e caneta (se você também gostar de escrever loucuras por aí)
– Carregador de celular
– Tesourinha
– Lixa de unha
– Bolsa menor para sair à noite

E para a bolsa de mão as coisas essenciais e que não podem, ou não devem, ir na mala normal:

Bolsa de mão:

– Documentos
– Carteira
– Passagem
– Roteiros
– Pasta com informações extras e vouchers
– Óculos de sol
– Notebook
– Câmera
– iPod
– Livro
– E um protetor labial porque, eu não sei vocês, mas o ar condicionado do avião sempre me deixa com a boca seca.

Uma outra dica interessante para quem pretende fazer bastante compras na viagem é levar uma mala, daquele tipo sacola, vazia para pode dividir o peso na volta.

E agora a parte final, como guardar tudo isso?

Gosto de colocar os sapatos em saquinhos individuais e colocar no fundo da mala. Em seguida coloco as roupas mais pesadas, como casacos e calças jeans. As roupas íntimas guardo no bolso interno da mala junto com as meias. E depois disso vou colocando tudo dobrado por cima deixando por último as roupas com tecidos mais “chatinhos” e que podem amassar.

As maquiagens coloco em um nécessaire e os produtos de higiene pessoal em outro. E, aos poucos, tudo vai se encaixando na mala. Essa parte sim requer um pouquinho mais de paciência, mas como tudo já foi pensado antes, todo esse processo acaba não sendo tão frustrante e irritante quanto costumava ser.

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Aproveite a lista para fazer um checklist e ter certeza de que não esqueceu nada!

Ajudei?

Espero que tenham gostado!